Bonitinho. O Jogo é uma iniciativa da FMU, em parceria com a Retoque Comunicação e o LivroClip.
Pode ser legal pra trabalhar ortografia.
http://www.fmu.br/game/home.asp
este blog propõe a divulgação de textos sobre tecnologia, leitura, escrita e outras discussões que passem pelos bancos da escola
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
Um 'griot' em São Paulo
"O 'griot', em tradições orais de vários povos africanos, é um dos símbolos representativos de todos os narradores, dos que contam contos, cantam décimas, sábios, avós, mães e todos os demais personagens - cênicos ou não -, que, em muitas sociedades, são depositários de histórias, de testemunhos ou de tradições que ele conta". (http://aldeiagriot.blogspot.com/)
No próximo dia 14/out teremos um griot por aqui. Imperdível, não?
No próximo dia 14/out teremos um griot por aqui. Imperdível, não?
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Tecnologia na educação
Ainda é cedo para avaliar se o uso de novas tecnologias no ensino mudará de forma radical a forma de lecionar
O uso de novas tecnologias na educação tem o potencial de elevar o aprendizado e tornar a escola mais atrativa, contribuindo para o aumento da frequência. Ainda não está claro como essas tecnologias podem ser utilizadas de forma efetiva, mas experiências inovadoras têm apontado alguns caminhos.
Na última década, vários países, como Estados Unidos, Inglaterra, Israel, Itália e Holanda, implantaram políticas de incentivo à adoção de computadores e acesso à internet nas escolas públicas. No entanto, os estudos em geral não encontraram impactos significativos no desempenho dos alunos.
As evidências empíricas para países em desenvolvimento, embora ainda limitadas, são mais positivas. Um estudo de Abhijit Banerjee e co-autores, "Remedying Education: Evidence from Two Randomized Experiments in India", realizou um experimento aleatório em escolas primárias urbanas da Índia para avaliar um programa de uso de computadores na aprendizagem.
Em metade das escolas, duas horas por semana passaram a ser dedicadas a jogos educacionais no computador, com ênfase em competências básicas do currículo de matemática. O programa envolvia a resolução de problemas progressivamente mais difíceis, de modo que os alunos avançavam de forma diferenciada.
Os autores mostraram que o programa teve um impacto elevado nas notas de matemática. Os ganhos foram expressivos não só para os melhores alunos, mas também para aqueles que tinham dificuldade prévia em matemática.
Um grande desafio no ensino em turmas heterogêneas é fazer com que o conteúdo lecionado seja estimulante para os melhores alunos e ao mesmo tempo acessível para os alunos com dificuldades.
O caráter inovador da experiência da Índia foi usar o computador e um software educacional de modo a adaptar o ensino de acordo com as características de cada aluno.
Um experimento que tem gerado controvérsia utiliza softwares educacionais de uma organização sem fins lucrativos chamada Khan Academy para reverter os métodos tradicionais de ensino.
Nesse modelo, iniciado ano passado em algumas escolas públicas da Califórnia, as aulas expositivas são dadas através de vídeos disponibilizados na internet e os deveres são resolvidos na sala de aula. Além disso, os professores têm acesso a um sistema que permite acompanhar em tempo real o progresso dos alunos na resolução dos exercícios.
É cedo para avaliar se o uso de novas tecnologias na educação resultará em uma ferramenta adicional ou se mudará de forma radical a forma de lecionar. Mas o caminho na direção de torná-las mais úteis parece estar sendo finalmente trilhado.
FERNANDO VELOSO, 44, é pesquisador do Ibre/FGV
Fonte: Folha de S.Paulo, 3 out. 2011.
O uso de novas tecnologias na educação tem o potencial de elevar o aprendizado e tornar a escola mais atrativa, contribuindo para o aumento da frequência. Ainda não está claro como essas tecnologias podem ser utilizadas de forma efetiva, mas experiências inovadoras têm apontado alguns caminhos.
Na última década, vários países, como Estados Unidos, Inglaterra, Israel, Itália e Holanda, implantaram políticas de incentivo à adoção de computadores e acesso à internet nas escolas públicas. No entanto, os estudos em geral não encontraram impactos significativos no desempenho dos alunos.
As evidências empíricas para países em desenvolvimento, embora ainda limitadas, são mais positivas. Um estudo de Abhijit Banerjee e co-autores, "Remedying Education: Evidence from Two Randomized Experiments in India", realizou um experimento aleatório em escolas primárias urbanas da Índia para avaliar um programa de uso de computadores na aprendizagem.
Em metade das escolas, duas horas por semana passaram a ser dedicadas a jogos educacionais no computador, com ênfase em competências básicas do currículo de matemática. O programa envolvia a resolução de problemas progressivamente mais difíceis, de modo que os alunos avançavam de forma diferenciada.
Os autores mostraram que o programa teve um impacto elevado nas notas de matemática. Os ganhos foram expressivos não só para os melhores alunos, mas também para aqueles que tinham dificuldade prévia em matemática.
Um grande desafio no ensino em turmas heterogêneas é fazer com que o conteúdo lecionado seja estimulante para os melhores alunos e ao mesmo tempo acessível para os alunos com dificuldades.
O caráter inovador da experiência da Índia foi usar o computador e um software educacional de modo a adaptar o ensino de acordo com as características de cada aluno.
Um experimento que tem gerado controvérsia utiliza softwares educacionais de uma organização sem fins lucrativos chamada Khan Academy para reverter os métodos tradicionais de ensino.
Nesse modelo, iniciado ano passado em algumas escolas públicas da Califórnia, as aulas expositivas são dadas através de vídeos disponibilizados na internet e os deveres são resolvidos na sala de aula. Além disso, os professores têm acesso a um sistema que permite acompanhar em tempo real o progresso dos alunos na resolução dos exercícios.
É cedo para avaliar se o uso de novas tecnologias na educação resultará em uma ferramenta adicional ou se mudará de forma radical a forma de lecionar. Mas o caminho na direção de torná-las mais úteis parece estar sendo finalmente trilhado.
FERNANDO VELOSO, 44, é pesquisador do Ibre/FGV
Fonte: Folha de S.Paulo, 3 out. 2011.
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