quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Resultados PISA 2009

Pisa 2009: Meninas brasileiras superam meninos em leitura, mas perdem em matemática e ciências

Rafael Targino
Em São Paulo


As meninas brasileiras superaram os meninos nas provas de leitura do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) 2009, segundo relatório divulgado na terça-feira (7) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). As notas médias delas foram 29 pontos maiores que as deles.

Texto integral e gráficos estão disponíveis no Educação UOL

II Simpósio Livros e Literaturas da América Indígena

PROGRAMA

De ´counterfeit paradise´ a ´cosmic zygote´: os extremos
americanos da Amazônia

Gordon Brotherston, The University of Manchester, Inglaterra

Como e por que 'quebrar' um texto indígena
Sérgio Medeiros, Universidade Federal de Santa Catarina

Andes e Amazônia através do Manuscrito de Huarochirí
Cristiana Bertazoni, Museu de Arqueologia e Etnologia, USP

As huacas e as idades do mundo na cosmogonia andina.
Comparações iniciais entre o Manuscrito de Huarochirí e a Nueva

corónica y buen gobierno
Eduardo Natalino dos Santos, Departamento de História, USP

7 de dezembro de 2010
às 14 horas
Local: Sala de vídeo do Departamento de História (FFLCH/USP)
Av. Prof. Lineu Prestes, 338 – Cidade Universitária
São Paulo – SP
Organização: Centro de Estudos Mesoamericanos e Andinos da USP
Programa: www.usp.br/cema

ABC Kids

Site voltado para o público infantil e para pais e professores. Há material diversificado, como artigos, contos, fábulas, curiosidades.
Mais uma opção para quem procura textos curtos para preparar provas e atividades.

Vale a visita: www.abckids.com.br/

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Língua Portuguesa - O papel do idioma na escola

Infelizmente, o conteúdo integral é restrito aos assinantes da Revista Língua Portuguesa e do UOL, mas o link abaixo dá uma prévia desta boa discussão. Se você for assinante, vale a leitura,

Acesse: Língua Portuguesa - O papel do idioma na escola

domingo, 14 de novembro de 2010

Videojogos, neurojogos

Divulgação.

Psicólogos americanos concluíram que os videogames de ação podem trazer benefícios cognitivos para os usuários e estimular a aprendizagem. Roberto Lent discute os resultados surpreendentes desse estudo e defende o uso desses jogos na educação.

Para ler a matéria na íntegra, acesse: CIÊNCIA HOJE

A Língua Portuguesa em sala de aula

Divulgação

A ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE LÍNGUA E LITERATURA (APLL) promoverá, entre os dias 13 e 15 de dezembro, oficinas para professores de língua portuguesa e interessados em geral cujo tema é A LÍNGUA PORTUGUESA EM SALA DE AULA.

As oficinas objetivam oferecer aos professores de língua portuguesa novos caminhos para o trabalho com a gramática e com o texto em sala de aula.

Programação
- dia 13/12/2010 (segunda-feira)
14h às 18h - Ensino de gramática na escola
Profa. Dra. Maria Elizabeth Leuba Salum

- dia 14/12/2010 (terça-feira)
14h às 16h - Gêneros e ensino de língua materna
Profa. Dra. Norma Seltzer Goldstein
16h às 18h - O poema na sala de aula (grupo1)
Profa. Dra. Ana Elvira Luciano Gebara
16h às 18h - A notícia e a reportagem na sala de aula (grupo 2)
Profa. Dra. Norma Seltzer Goldstein

- dia 15/12/2010 (quarta-feira)
14h às 17h - Comunicação oral: linguagem verbal, corporal e recursos audiovisuais
Profa. Dra. Maria Helena da Nóbrega
17h às 18h - Produção textual e ensino - o contributo da relação fala-escrita
Profa. Dra. Zilda Gaspar Oliveira de Aquino

Organização
Diretoria da APLL: Profa. Dra. Elis de Almeida Cardoso, Profa. Dra. Beatriz Daruj Gil, Profa. Dra. Rosane de Sá Amado

Local: Av. Luciano Gualberto, 403, sala 266, Prédio de Letras, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo
Número de vagas: 60 vagas
Informações: apll@usp.br
A inscrição dará direito a certificado (12 horas) e associação por um ano na APLL.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Memória da Educação

“Memória da Educação” é um site direcionado a pesquisadores e interessados nos documentos sobre a história da educação nos séculos XIX e XX que integram o acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo. São disponibilizados relatórios, dados estatísticos, instruções pedagógicas, revistas, trabalhos escolares, ou seja, uma multiplicidade de tipos documentais que permitem uma aproximação do pesquisador com a complexidade dessa temática.

Acesse:
Memória da Educação

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Novas tecnologias na sala de aula

Folha de S.Paulo, 29 de outubro de 2010

Objetivo é unir ensino e diversão

Luciano Grudtner Buratto

Novas ferramentas integram pedagogia e tecnologia, mas seu uso ainda não é acessível a todos.O burburinho domina a sala de aula.

Em netbooks, alunos do primeiro ano do ensino fundamental comandam animais em uma floresta virtual e compartilham suas descobertas com colegas e com a professora. Ao final da brincadeira, narram em redações as peripécias de seus bichos preferidos. Os textos, depois reunidos em um livro, serão lançados na escola, com direito a noite de autógrafos. A atividade de redação em um colégio da capital paulista, descrita acima, ilustra como tecnologia e pedagogia podem ser integradas a fim de tornar o ensino mais efetivo e divertido.

Além de computador e internet, tecnologias mais recentes, como lousas digitais, estão mudando as feições da velha sala de aula, resquício da Revolução Industrial em um mundo pós- industrial. Algumas instituições chegam a investir 4% de seu orçamento em tecnologia, valor repassado para os pais na cobrança da mensalidade.

DESAFIOS

Esses avanços impõem dois grandes desafios para a educação brasileira: a disseminação dessas tecnologias e a capacitação de professores para seu correto uso. O caminho é longo, e novidades como votadores, mesas digitais, realidade aumentada e aulas em 3D ainda estão em grande parte restritas às instituições de ensino fundamental e médio da rede particular e às faculdades.

Segundo o último censo do Ministério da Educação, apenas 49% das escolas públicas de ensino fundamental possuem computadores e só 33% têm acesso à internet. No ensino médio a situação melhora: 97% têm micros e 89% estão conectadas. O uso de computadores e de novos recursos não se traduz em melhoria automática na educação -e isso vale do ensino infantil à universidade, dizem especialistas. É preciso ter um professor preparado para usar as novas ferramentas, que incluem sistemas integrados de informática, que unem aulas preparadas por todos os docentes, e até corretores automáticos de testes.

A Folha conversou com pesquisadores e produtores de tecnologia e consultou 32 instituições de ensino. O resultado é um panorama da tecnologia educacional no Brasil e como ela pode ser usada para atrair o "tecnoaluno" que está chegando às salas de aula.

Lousa e mesa ganham novo papel

Objetos tradicionais aparecem em versões digitais e facilitam a interatividade na sala de aula.

Os tradicionais giz e lousa estão dando lugar a versões eletrônicas. As novidades incluem lousa e mesa digitais e mouse remoto. Em Taboão da Serra (Grande SP) todas as escolas municipais instalaram lousas digitais. No Miguel de Cervantes, no Morumbi, todas as salas possuem lousas eletrônicas e o giz foi aposentado de vez.

Sintomático do aquecimento do setor, a HetchTech, única fabricante nacional do equipamento, vendeu cerca de mil unidades em 2009 e espera dobrar esse número neste ano e em 2011. Seu uso não é unanimidade porque alguns especialistas na área de tecnologia educacional afirmam que a lousa digital estimula o método tradicional de ensino, em que todos devem prestar atenção ao professor, apesar da maior interatividade.
Em sintonia com as novas tendências, o mouse remoto se mostra mais eficaz, pois facilita a locomoção do professor pela sala de aula. Moisés Zylberstain, coordenador de tecnologia educacional do colégio Santa Cruz, em Alto de Pinheiros, diz acreditar que o maior ganho já havia sido obtido com a dupla computador-projetor. "Isso obrigou os professores a planejar melhor as aulas e facilitou o uso de ferramentas multimídia."
Para Zylberstain, um sistema híbrido (uma metade da lousa convencional e a outra, digital) parece mais eficaz. Já as mesas educacionais têm sofrido menos críticas. Ao unir elementos concretos e abstratos de forma lúdica, o método facilita o aprendizado no ensino fundamental. Na escola estadual Aparecido Garcia, em Jundiaí, a mesa é usada em português e matemática. A escola, que tinha em 2003 um dos piores índices no Ideb, melhorou e se tornou referência. "Não é a tecnologia, mas as novas pedagogias que vêm em sua esteira que melhoram o aprendizado", diz Betina von Staa, coordenadora de pesquisa em tecnologia educacional do Positivo, produtor das mesas. (LGB)

Rede social própria incentiva estudo

Andrea Maciel

Escola passa tarefas por meio de comunidade virtual, mas uso de Orkut, Twitter e Facebook ainda é polêmico

Quem tem filhos e internet sabe: em vez de fazer as tarefas, as crianças chegam da escola e vão acessar sites como Orkut e Facebook. Alguns educadores usam esse interesse dos alunos a favor do aprendizado. Uma das experiências ocorreu em Lavras (MG), onde uma escola passou a usar as redes sociais como ferramenta. Cada turma do Centro Educacional NDE ganhou rede social própria, na qual o professor passa lições de casa, faz chats e envia arquivos. Só quem participa da comunidade acessa o conteúdo. Por causa das aulas virtuais, a participação dos alunos em sala aumentou.

"Eles se interessam mais. Internet é o mundo deles", diz a professora Karla Emanuella Pinto, que implantou o projeto. Mas o uso das redes sociais abertas como instrumento pedagógico, já presente em algumas escolas de São Paulo, ainda é muito discutido. Uma das preocupações de pais e educadores é que, em sites abertos a todos, o aluno fica exposto a pedofilia e a conteúdo impróprio.

Para Claudemir Viana, doutor em comunicação pela USP, isso não impede que redes abertas sejam usadas pelas escolas. "Elas devem ser utilizadas justamente para educar crianças e jovens a estar na web com segurança e responsabilidade." Viana é gestor da rede social Minha Terra, que reúne mais de 10 mil professores e alunos e publica dicas para o uso pedagógico da internet.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Uso de tecnologia ainda é desafio para professor

Do Estadão.

O uso de novas tecnologias na sala de aula, pouco a pouco, vai ganhando espaço na rotina pedagógica, mas educadores acreditam que a consolidação desse tipo de mudança ainda depende de muito esforço por parte dos professores.

Leia a íntegra da matéria de Lais Cattassini, do Jornal da Tarde, CLICANDO AQUI.

O livro didático em tempos de mídias digitais

Rumo aos novos letramentos
Referência nos estudos de linguagem e na análise do livro didático, pesquisadora da Unicamp crê que está na hora de ampliar a oferta de materiais para uso em sala de aula

Em tempos de mídias digitais, o processo de letramento não deve mais restringir-se apenas aos impressos, diz a professora Roxane Rojo, do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade de Campinas e coordenadora do projeto de pesquisa "Multiletramentos e abordagem da diversidade cultural no ensino de língua materna. O papel dos materiais didáticos".
Apesar dessa restrição, a especialista, que participou da institucionalização do processo de avaliação dos livros didáticos ocorrido a partir da segunda metade dos anos 90, vê um processo de evolução dos materiais à disposição do professor que tem a missão de alfabetizar na escola contemporânea.

Revista Educação nº 161. Leia íntegra da entrevista CLICANDO AQUI.

Twitter na sala de aula

Twitter chega à sala de aula como ferramenta para aprender técnica literária

Escola usa regra básica do microblog, o limite de 140 caracteres por mensagem, para que alunos desenvolvam narrativa e concisão em minicontos

"O telefone tocou. Seria ele? O que ele queria? Ela já não havia dito que era o fim? Ela atendeu o telefone. Não era ele, era pior." Em apenas 140 caracteres, o permitido para cada post no microblog Twitter, adolescentes aprenderam, em sala de aula, a usar a rede social como plataforma para contar pequenas histórias como essa.

Leia a íntegra da matéria de Lais Cattassini, do Jornal da Tarde, publicada no Estadão de hoje CLICANDO AQUI.

domingo, 17 de outubro de 2010

Exposição - arte e tecnologia

LIFE ON LINE OF LIFE - de 18/10 a 31/10
Na Galeria Olido - GRÁTIS
Avenida São João, 473
Telefones: 3331-8399 ou 3397-0171

A exposição oferece a oportunidade ao público de interagir com trabalhos de arte contemporânea de vanguarda feitos pela brasileira Martha Gabriel, artista premiada na Bienal de Florença (Itália); com performances internacionais; com a mostra paralela de arte e tecnologia desenvolvida por universitários da Universidade Anhembi-Morumbi; e com dois painéis de discussão reunindo artistas de outros países.

Idealização e desenvolvimento: Sabrina Nudeliman.
Curadoria: Martha Gabriel.
Co-curadoria: Junia Meirelles, Delmar Galisi, José M. Neto.
Produção: Andrea Borrotchin.

LEIA MATÉRIA SOBRE A EXPOSIÇÃO EM:
'Life on Line of Life' propõe uma arte de vanguarda

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Celular: Inimigo ou aliado?

Após 3 dias de estudo do meio - e compras!! - com meus alunos em Tiradentes-MG, começo a semana nesta 5a feira com um projeto de leitura para o 8º ano, o "Ler é legal", uma experiência em que a autonomia pretende andar ao lado da responsabilidade. Vamos ver no que dá, logo mais publico os primeiros resultados.

E por falar em resultados, hoje conversei com a simpaticíssima repórter Marina Azaredo (que, como eu, ainda acredita ser possível melhorar o mundo - dá-lhe, Marina!!), da revista Educar para Crescer, sobre meu trabalho com o uso do celular na escola.
Leia os principais pontos da nossa conversa AQUI.

domingo, 12 de setembro de 2010

2o SEMINÁRIO A SOCIEDADE EM REDE E A EDUCAÇÃO

É preciso inscrever-se para participar. Estarei lá em alguns horários possíveis e vou tentar twittar o evento. O texto abaixo é de divulgação. Maiores informações no site da Rede Vivo Educação.

CONCEITO
O 2o Seminário será uma nova e mais intensa oportunidade de conversar sobre as exigências de uma nova educação para uma nova sociedade (a sociedade em rede).
Terá um formato inovador, ouvindo especialistas-chave, promovendo um inédito festival de educação inovadora, abrindo espaço para as pessoas poderem conversar sobre os temas de sua escolha, estimulando a elaboração coletiva de projetos de educação inovadora (aprendizagem em rede).

OBJETIVOS DO SEMINÁRIO
- Difundir o conectivismo como nova teoria da aprendizagem compatível com a sociedade em rede.
- Continuar investindo na formação de sistemas sócio-educativos – comunidades de aprendizagem em rede.
- Construir um caminho próprio de abordagem do tema e de investimento socialmente responsável, alçando vôo (sem se contrapor diretamente) sobre o terreno já muito pisado pelas instituições e programas que ainda entendem a educação a partir do tripé escola-ensino-professor.
- Criar pontes com os inovadores em educação e incentivar os seus esforços.

FORMATO
Será realizado simultânea e integradamente em diversas cidades brasileiras, sob o formato de interação distribuída compondo um Hub em São Paulo e Arenas as demais cidades.
Os escritórios da Vivo em todo o Brasil abrirão suas portas para receber os grupos locais, e você também poderá abrir as portas de sua casa, da escola, de empresas, de ONGs para serem Arenas, basta criar um tópico aqui abaixo no Fórum de Discussão sob Título ARENA (CIDADE/ESTADO), e articular para que as pessoas de sua cidade/estado se conectem.
As pessoas interessadas em articular/organizar as Arenas elaborarão a sua própria programação respeitando a grande geral de programação do Seminário, bem como seus objetivos. Para tanto, a proposta central será a de ao final dos dias de Seminário as Arenas apresentarem projetos elaborados coletivamente pelos conectados de uma nova forma de aprendizagem em Rede e que possa ser implementado em conjunto por todos.
O evento será transmitido e contará com mecanismos de interação via web.

PROGRAMAÇÃO
Dias 14, 15 e 16 de setembro

LOCAIS
Teatro Vivo – Hub Vivo (capacidade 300 pessoas)
Galeria Vivo (para realização de dinâmicas de conversação)
Escritórios da Vivo – Arenas Vivo (utilizar salas de Videoconferência)
Pessoas e Organizações poderão ceder seus espaços para a realização das Arenas

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Fim do congresso, Pernambuco, tecnologia...

Hoje foi o último dia do congresso. Certificados entregues, compras na feirinha do SENAC, despedidas, passeio pelo centro histórico de Recife, carona "dahora" com os amigos da Débora Valletta, super companheira nipo-italiana desses dias todos. Fica, deste congresso, uma experiência de participação bem mais intensa do que a do ano passado; acho que o minicurso do João Mattar colaborou bastante pra isso, pois saí de lá com a sensação de que já tinha ouvido falar de tudo aquilo que ele estava dizendo, só que nunca tinha ido pra frente do computador pra entrar e fuçar nos links todos que ele sugeriu - e postou - em seu delicious. Ele também tem um blog bem legal, linkado na lista de blogs aqui do forno, confira.

Todo mundo sabe que eu adoro Recife e Olinda e sempre que tenho uma oportunidade qualquer, caio pra esses lados. Mas muito mais do que um ponto turístico fabuloso, com um povo deliciosamente acolhedor, pude sentir, desta vez, no ar daqui, uma ação voltada pro uso da tecnologia que deixa muitos estados "no chinelo". Os professores estão preocupados com a inserção no mundo digital e não apenas a dos alunos, como também a sua. E isso é muito legal, é um movimento que, nos próximos anos, pode nos trazer excelentes surpresas. Dá-lhe, Pernambuco!

E pra saideira, amanhã, se não chover, vou tentar ir à praia, pois também sou filha de Deus. À tarde volto pra São Paulo com a mala cheia de "bolo de rolo", um sotaque carregado que vai demorar uns bons dias pra sumir e no peito uma saudade do mar que só Fernando Pessoa e Caymmi seriam capazes de descrever. Despeço-me, então, com eles, porque "o mar quando quebra na praia é bonito, é bonito...".

Olhando o mar, sonho sem ter de quê.
Nada no mar, salvo o ser mar, se vê.
Mas de se nada ver quanto a alma sonha!
De que me servem a verdade e a fé?
(...)
Se tive amores? Já não sei se os tive.
Quem ontem fui já hoje em mim não vive.
Bebe, que tudo é líquido e embriaga,
E a vida morre enquanto o ser revive.

Nos fios da África: projeto de contação de histórias

Acabo de saber que "Nos fios da África", meu projeto de contação de histórias, desenvolvido em parceria com a tecelã Carmem Leister Silveira, foi aprovado no Edital de Chamamento da Prefeitura de SP.
Nos próximos 18 meses, integraremos o grupo de "oficineiros, contadores de histórias e RPG" das bibliotecas de SP e estaremos por lá contando e tecendo fios e palavras. Aguarde!!

Veja a lista completa dos aprovados no site da Prefeitura de SP.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Congresso, artigo e cara nova do blog

Hoje foi um dia bem intenso no VIII Congresso Internacional de Tecnologia e Educação aqui em Olinda. Palestras, minicurso sobre "Técnicas e Instrumentos de Avaliação na Perspectiva da avaliação por Competências" com a Profa. Targélia Albuquerque, e chuva. Depois visita ao Instituto Ricardo Brennand e 1h de táxi pra chegar no hotel. Trânsito igual ao de São Paulo, inacreditável!

Amanhã é o último dia de congresso e eu farei um mini curso com o Prof. João Mattar sobre "Web 2.0, games e mundos virtuais em educação".

Ontem, na chegada, apresentei meu artigo. Ele está publicado no CD que contém os Anais do Congresso e, aproveitando as mudanças na aparência do blog (já não era sem tempo!), inauguro uma nova página, na qual você encontrará o texto integral deste artigo (clique na guia "Celular e Expressão", logo abaixo do título do blog).

Por falar em mudanças no blog, além da cor e do visual (fase ecológica desta professora), você vai notar também que, junto ao campo "comentários", agora há um campo chamado "reação", no qual você pode expressar o que achou dos posts, basta clicar numa das carinhas. Aprendi isso ontem com o congressista Rodolfo da Nóbrega que sabia tudo - e mais um pouco - sobre blogs.

A propósito de blogs, para meu espanto, fiquei sabendo que já estão considerando blog como gênero! Não sei o que dizer... Na verdade, depois de estudar blogs durante tanto tempo sem encontrar ninguém que chamasse de gênero, acho que não consigo concordar muito com isso... De todo modo, vou buscar as referências que a colega Cristiane Burlamaqui, do Pará, me deu e ver pra crer.

É isso.
Amanhã às 6h30, o táxi estará na porta do hotel. Afe!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

V Seminário Fala OUTRA Escola: carregando sonhos

Divulgação

O GEPEC - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada - tem sido espaço privilegiado para sistematizar e aprofundar a produção de conhecimentos e saberes na escola e na universidade, fomentando estudos e pesquisas de e com profissionais da educação.(...)
O último Seminário, realizado em 2008, abordou "Histórias Narradas & Cotidianos Vividos". Com o desejo de provocar diálogos sobre as produções cotidianas no trabalho escolar cinco eixos básicos incentivaram os debates: Formação no cotidiano escolar; Narrativa memória e autoria; Práticas curriculares em e com diferentes áreas de conhecimento; Experiências pedagógicas compartilhadas e Reflexividade e trabalho coletivo.

Em 2010, histórias de vida e de docência de quatro professoras do estado de Sergipe, retratadas no filme "Carregadoras de Sonhos", inspiram o nosso Seminário.
"Carregando sonhos" seguimos apostando na produção e partilha de narrativas que dão vozes e sentidos a uma "escola outra", fomentando diálogos e debates acerca das relações e saberes construídos na instituição escolar.

Convidamos todos à partilha de experiências que alimentem sonhos em salas de aula... Narrar, questionar e assim, produzir práticas diferenciadas na construção da escola de nossos sonhos (compartilhados)!

Para mais informações e inscrições, acesse o site do evento: V Seminário Fala OUTRA Escola

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem

Divulgação

Já estão disponíveis, no endereço eletrônico www.ufpe.br/nehte/simposio2010, os conteúdos programáticos dos minicursos que compõem a série de atividades da terceira edição do Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem. Dirigido a professores, alunos e pesquisadores em geral, o Simpósio acontece nos dias 02 e 03 de dezembro deste ano, no Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco.
Os interessados devem escolher entre as seguintes opções de minicursos: Cartografia cognitiva: o uso de hipertexto nos mapas conceituais, ministrado pela professora Maria Auxiliadora Silva Freitas (CEDU/UFAL); Instalação, Configuração e Uso da Plataforma de Gestão de Aprendizagem Amadeus, ministrado pelos professores Alexandro Gomes (CIN/UFPE) e Francisco Petrônio Medeiros (IFPB); Redes sociais em educação: aplicações, ferramentas e estratégias para o ensino, ministrado pelo professor Lafayette Melo (IFPB) e; Nós somos os nós e a escola é a rede, ministrado pelo professor Luiz Fernando Gomes (Uniso/SP).

Na ocasião, estarão presentes estudantes, professores e profissionais ligados às áreas de Letras, Educação e Informática de diversas universidades brasileiras. Entre os participantes confirmados estão os pesquisadores Antônio Carlos Xavier e Nelly Carvalho (UFPE) e o filósofo Pierre Levy, professor titular da cadeira de “Pesquisa em Inteligência Coletiva” da Universidade de Ottawa, no Canadá.

O Simpósio Hipertexto tem periodicidade bienal. Sua primeira edição aconteceu em 2006 e a segunda em 2008, ambas no campus da Universidade Federal de Pernambuco.

As inscrições para apresentação de trabalhos já estão abertas e podem ser feitas no site do evento, no endereço eletrônico www.ufpe.br/nehte/simposio2010.

Os interessados podem efetuar a inscrição nas modalidades: sessão de comunicação (professores e estudantes de pós-graduação) e pôsteres (estudantes de graduação). Haverá premiação para o melhor pôster apresentado entre os alunos de graduação.

Mais informações
www.ufpe.br/nehte/simposio2010
simposiohipertexto@gmail.com

Fonte: AN-UFPE

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tecnologia na sala de aula - relato

Compartilho, aqui, a deliciosa mensagem que recebi da professora Ana Paula Carvalho, do Vale do Aço - MG, relatando o trabalho que vem desenvolvendo com o uso de blogs na sala de aula. Pra fazer com que as coisas mudem, é preciso começar e, de algum modo, dar um passo adiante, e a Ana teve essa iniciativa. Vale a visita ao seu blog: http://www.cavucar.blogspot.com/

Valeu, Ana!!

.....

Querida Lina,

Resolvi te escrever para contar o quanto feliz estou depois de ter proposto um blog para as minhas turmas.
A ideia já existia, mas não sabia como iria ser, tinha um pouco de receio.

Depois de ler sua entrevista no "Educadores em Rede" da Rede Pitágoras - 1º semestre 2010, me senti mais encorajada a experimentar mais esta ferramenta com os meus alunos.

E o resultado? Sucesso total. Como eles estão mais dispostos e disponíveis. Estão mais próximos a mim, mais interessados nas aulas.

Hoje completam 26 dias que o site está no ar e já são mais de 2390 visitas. Já estou recebendo até tarefa pela internet.

Agora, preciso me organizar, para pesquisar mais e aprender a utilizar este e outros recursos a favor do pedagógico e principalmente demonstrar aos meus colegas professores o quão interessante as aulas podem se tornar e especialmente, que este é o caminho para o futuro da educação.

Um abraço,

Profª Ana Paula
Vale do Aço-MG

domingo, 29 de agosto de 2010

MEC descarta apostila no Plano Nacional do Livro Didático

Notícia extraída do Jornal da Tarde 26 de agosto de 2010, Fábio Mazzitelli

Ministério se posicionou sobre possível mudança no programa que distribui livros didáticos às escolas

A Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) não cogita incorporar os sistemas de ensino apostilados às compras anuais feitas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que distribui de graça cerca de 130 milhões de obras por ano às escolas públicas do País.

O ministério se posicionou após ser questionado pelo Jornal da Tarde sobre possíveis reformulações no programa, já que neste ano 143 prefeituras paulistas que mantêm escolas municipais não aderiram ao PNLD. Como a maioria fez a opção para substituir o livro didático por materiais apostilados, alguns educadores defendem a incorporação dos sistemas de ensino ao programa federal.

São Paulo é o Estado com menor adesão ao PNLD, com apenas 77% optando pelos livros. No País, 96% dos gestores da rede pública aderiram neste ano ao programa, que existe desde 1985.

As prefeituras que ficaram de fora do PNLD deixam de receber um material sem custo aos cofres municipais para pagar por sistemas de ensino que vendem apostilas e capacitação de profissionais da educação a preços que variam de R$ 125 a R$ 170 por aluno.

“Entendemos que o livro didático pode contribuir para a qualidade da educação brasileira porque possibilita ao professor a autonomia na escolha do seu material de trabalho, de acordo com a realidade da escola e seus alunos, ao mesmo tempo em que permite a organização do trabalho docente de forma sistemática e flexível conforme a prática do professor e os conhecimentos de seus alunos”, afirma a nota do MEC, que diz não ter recebido pedido formal de inclusão das apostilas no PNLD.

“Os livros aprovados para o PNLD passam por uma rigorosa avaliação pedagógica para que sejam distribuídos às escolas públicas isentos de erros conceituais, de problemas metodológicos, preconceitos ou estereótipos, entre outras questões apontadas nos critérios de avaliação”, diz o comunicado do ministério.

A efetividade do material apostilado, que estrutura as aulas por capítulos e direciona o trabalho do professor, gera divergências entre educadores. Os defensores apontam maior organização didática e garantia do ensino de um conteúdo mínimo como vantagens do método. Os críticos reclamam da falta de autonomia do professor e da escola e também questionam a qualidade das apostilas.

Para o MEC, a assessoria pedagógica que faz parte do pacote de contratação dos sistemas de ensino, um diferencial deste tipo de método didático, “ já existe em todos os programas desenvolvidos pelo ministério”. Ainda de acordo com o MEC, “a questão da qualidade da educação básica é mais complexa que a simples prestação de serviços educacionais”.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Exposição - FERNANDO PESSOA: plural como o Universo

A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.

Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.
Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.
(...)
(Apontamento, Álvaro de Campos, 1929)

Texto de divulgação
Uma espécie de labirinto no qual cada passo leva o visitante a uma experiência poética única, dividida em vozes e estilos diferentes, mas oriundos de uma mesma fonte: a escrita de Fernando Pessoa. A exposição “Fernando Pessoa, plural como o universo”, a primeira sobre um autor português no Museu da Língua Portuguesa, pretende mostrar a multiplicidade da vida e da obra do poeta, que se revela nos versos das dezenas de heterônimos (nomes imaginários sob os quais o autor identificava obras escritas por ele, mas com características próprias) e personagens literários criados por ele. Poemas impressos e projetados, fac-símiles de documentos, imagens de Pessoa e quadros de pintores portugueses compõem o visual da exposição, que tem ainda um vídeo feito pelo documentarista Carlos Nader, com roteiro de Antônio Cícero. A exposição tem a curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith, cenografia de Hélio Eichbauer, design gráfico de Heloisa Faria sob a coordenação geral de Julia Peregrino.

de 24/08/2010 a 30/01/2011

Museu da Língua Portuguesa
Estação da Luz
Praça da Luz, s/nº Centro - São Paulo - SP
(11) 3326-0775

Acesse: www.visitefernandopessoa.org.br/

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Bibliotecas

Quem acha que as bibliotecas públicas de São Paulo vivem só de livros está pra lá de enganado, há eventos de muitos tipos acontecendo todos os dias nesses "templos sagrados de leitura".
Amanhã, por exemplo, a Biblioteca Viriato Corrêa (R. Sena Madureira, 298, Vl. Mariana) promoverá duas sessões de filmes - praticamente inéditos por aqui - que compõem a mostra "O Jovem Almodóvar": O que eu fiz para merecer isto? e Labirinto de Paixões, às 16h e 18h, respectivamente.
A mostra segue até o dia 22/09 com "Kika" e "Mulheres à beira de um ataque de nervos".
Mas não é só cinema, há também música, palestras, contação de histórias e inúmeras oficinas acontecendo todos os dias. Para acompanhar a programação desta e de outras bibliotecas de São Paulo, acesse o Sistema Municipal de Bibliotecas da Prefeitura.

Contação de histórias em cordel tem Alice como tema

Poesia pendurada em varal? Assim é a literatura de cordel, muito conhecida no Nordeste brasileiro.
Para saber mais sobre ela, você pode participar do VII Cordel na Cortez, que começa dia 23 de agosto.
Autores conhecidos terão seus cordéis expostos, entre eles J. Borges e José Camelo de Melo. Também serão exibidos filmes que têm o cordel como tema.
Há oficinas de cordel e de xilogravura, para adultos e crianças, em dias variados, e contação de histórias "Alice no País das Maravilhas em cordel" no sábado, dia 28, às 11h.
Também no sábado, das 12h às 14h, acontece uma sessão de autógrafos de livros lançados em forma de cordel, como Branca de Neve e Pequeno Polegar.

PARA CONFERIR:
Quando: 23 a 28 de agosto
Onde: livraria Cortez (r. Bartira, 317, Perdizes; tel. 0/xx/113873-7111)
Quanto: grátis

(http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/785075-contacao-de-historias-em-cordel-tem-alice-como-tema.shtml)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

8º Simpósio Internacional de Artemídia e Cultura Digital - ACTA-MEDIA 8

Divulgação

Acta Media discute processo criativo nas artes tradicionais e nas novas mídias

In-Pacto, 8ª edição do simpósio internacional, aborda criatividade artificial, arte no mundo virtual, design e tecnologia, entre outros temas;

Reunir estudiosos brasileiros e estrangeiros de várias disciplinas buscando um denominador comum: processos criativos que estruturam a produção estética. Essa é a proposta do Simpósio Acta Media 8, In-Pacto, que pretende trazer a São Paulo uma visão comparativa dos processos criativos que ocorrem tanto nas formas mais tradicionais de arte como nas formas contemporâneas.

O Simpósio tem sua programação, totalmente gratuita, distribuída por 10 dias (entre 13 e 27/08). Os eventos ocorrem na Livraria da Vila dos Jardins, na Escola de Comunicações e Artes (ECA) e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.
Para oferecer uma programação abrangente sobre artemídia e cultura digital, foram selecionados diversos pesquisadores, que pudessem ministrar palestras sobre os processos autorais mais tradicionais da Arte Africana e Afro-Brasileira, como dos mais contemporâneos, passando por cinema, robótica, música.

Nomes internacionais, como do nigeriano Babatunde Lawal, especialista em Arte Afro-Brasileira, do americano Oliver Speck (ambos professores da Virginia Commonwealth University - VCU) e do português Leonel Moura estarão ao lado de diversos pesquisadores brasileiros associados à USP, como Artur Matuck e Carlos Zibel, organizadores do Acta Media.

Alguns dos temas do Acta Media 8

Cultura e arte Afro-Brasileira - as professoras Gislene dos Santos e Dilma de Melo e Silva juntam-se ao professor Babatunde Lawal para discutir aspectos da cultura e da arte afro-brasileira, fornecendo um painel de visões diversas sobre o tema.

Processos autorais em música e rádio – o professor Volker Grassmuth, de nacionalidade alemã e que atualmente ministra um curso na USP, debaterá os processos autorais que envolvem a cultura REMIX na produção musical brasileira. Será acompanhado pelo músico colombiano Julian Jaramillo, que apresentará processos criativos que envolvem a produção radiofônica de caráter artístico, a Rádio Arte.

Design e Interatividade – o designer e arquiteto Carlos Zibel, coordenador do Curso de Design da FAUUSP, participa de mesa-redonda com pesquisadores do Grupo DeVIR. O design de interfaces gráficas digitais, o uso de programas genéticos e emergentes dotados de IA (inteligência artificial), bem como os sistemas digitais ubíquos e interativos, muitas vezes apoiados ou integrados nos equipamentos urbanos e edifícios, serão alguns dos pontos debatidos.

Criação artística digital - o pesquisador e artista plástico português Leonel Moura, que atualmente prepara uma peça de teatro com atores robóticos para o Instituto Itaú Cultural, abordará a criação artística digital realizada através de sistemas computacionais, com foco especialmente nos processos emergenciais que surgem a partir da atuação de computadores no processo de criação. A disciplina que se inaugura com esses processos tem sido chamada de Criatividade Artificial – uma derivação da disciplina já estabelecida denominada Inteligência Artificial.

Metas-escritura - o professor livre-docente Artur Matuck apresenta teoria própria, intitulada Metas-escritura, processos de uma arte-outra, que discute os processos criativos especialmente contemporâneos utilizados por artistas, tanto digitais como analógicos, no planejamento de suas obras. Segundo Matuck, atualmente, os processos criativos que antecedem a execução de obras “formam uma meta-linguagem que merece estudo e atenção, uma linguagem específica da arte, a chamada meta-arte”.

CLIQUE PARA VER A PROGRAMAÇÃO

Só conhecimento teórico não forma bom professor

(Entrevista com o professor doug Lemov, publicada no jornal FOLHA DE S.PAULO em 16/08/2010)

DOCENTES TAMBÉM PRECISAM DE TÉCNICAS PARA TRANSMITIR CONHECIMENTO, INSPIRAR CRIANÇAS E MANEJAR SALA DE AULA

ANTÔNIO GOIS
DO RIO

Quando, aos 21 anos, começou a dar aulas, Doug Lemov, 42, conta que ouviu conselhos como "espere o máximo dos seus alunos todo dia" ou "tenha altas expectativas sobre seu desempenho". No momento em que ficava em frente aos estudantes em sala de aula, porém, isso lhe parecia pouco útil.
No meio de tantas frases de efeito, um professor mais experiente lhe falou algo bastante concreto: "Quando precisar dar instruções aos alunos, não faça isso caminhando pela sala enquanto distribui papéis. Eles precisam entender que o que você fala é mais importante do que qualquer outra tarefa".
Foi a partir de dicas práticas como essa que Lemov, hoje diretor de uma rede de escolas nos EUA, passou a prestar atenção nas técnicas dos melhores professores.
Sua obsessão em descobrir o que faz o docente top quando fecha a porta de sua classe o levou a filmar por seis anos aulas de profissionais que conseguiam, mesmo em situações adversas, que seus alunos aprendessem.
Este trabalho virou livro de repercussão nos EUA, com 150 mil cópias vendidas, e que será lançado em outubro no Brasil, com o nome "Aula Nota 10" (Fundação Lemann e editora Da Boa Prosa).
Nele, Lemov descreve em termos bem práticos 49 técnicas de bons professores. Podem não ser frases glamourosas, mas funcionam. Em entrevista à Folha, o autor diz que seu livro não menospreza o conhecimento teórico. Apenas argumenta que, em vez de aprender apenas a partir de teorias, professores precisam olhar para o que fazem seus colegas com melhor desempenho.
Folha - Seu livro pode ser entendido também como crítica ao modo como se formam professores hoje nos EUA, com currículos que enfatizam demasiadamente teorias pedagógicas e deixam pouco espaço para o ensino de questões práticas de sala de aula. Como foi a repercussão?
Doug Lemov - Pela resposta que tive, percebi que o problema na formação de professores nos EUA é mais profundo do que imaginava.
Alguns me disseram que as ideias do livro eram muito intuitivas. Outros, que não havia nenhuma grande revelação e que o livro era até óbvio. Sinceramente, considerei elogio, pois isso revela que há mais pessoas que pensam da mesma maneira.
Eu tinha também algum receio de o livro não ser bem recebido por professores de escolas públicas, já que trabalho numa organização que mantém escolas "charters" [geridas pela iniciativa privada, mas financiadas pelo poder público para atender gratuitamente alunos pobres] e, nos EUA, tem havido muita disputa em torno deste tema.
Mas acho que os professores entenderam que o livro pode ser útil para seu trabalho, não importa em que tipo de escola eles ensinam.
Só não tive resposta nenhuma das autoridades educacionais, responsáveis pela política de formação de professores. Deles, percebi um silêncio retumbante.
O que explicaria isso?
Talvez achem que eles estejam certos e eu, equivocado. Talvez porque estejam numa postura defensiva, se sentindo ameaçados com os que criticam a política atual de formação. Não estou certo de que as pessoas responsáveis pela formação de professores tenham em mente que o aprendizado das crianças tem que ser a prioridade.
Ao enfatizar a importância de aprender técnicas de manejo de turma em sala de aula, você não estaria menosprezando a formação teórica?
Em nenhum momento digo que o conhecimento teórico não é importante. Pelo contrário, é dramaticamente importante. Se você vai ensinar matemática, você tem que ter uma boa formação em matemática. Mas meu ponto é que só isso não faz de alguém um bom professor.
Acho que as técnicas que descrevo são úteis inclusive para docentes que têm amplo conhecimento da disciplina que lecionam.
Imagine uma escola pública em área pobre que esteja precisando de um professor de física. Hoje em dia, já é difícil achar alguém que conheça bem a disciplina e esteja disposto a dar aulas.
Mas, se as pessoas com boa formação em física souberem também técnicas para fazer boas perguntas, inspirar crianças e manejar uma sala de aula, triplicaríamos o número de pessoas capazes de dar boas aulas.
Meu livro trata muito mais de como transmitir o conhecimento para os alunos. Quando você é especialista em algo, seu conhecimento sobre o tema é quase intuitivo. Isso pode significar que não seja natural para você pensar em formas de transmitir isso para estudantes.
No Brasil, há muitas críticas aos formatos tradicionais da sala de aula, pouco atrativos para jovens do século 21. No entanto, muitos professores reagem argumentando que a sala de aula não é um circo, e que aprender nem sempre é divertido. Qual sua opinião?
Não acho que tenha que se escolher entre um modelo ou outro. É certo que você deve inspirar os alunos e atrair sua atenção, mas é preciso também fazê-los trabalhar duro.
Só não entendo como algumas pessoas resistem tanto em melhorar. Se você me disser que há coisas que possa fazer para ser um pai melhor, eu vou querer aprender, mesmo que eu já me considere o melhor pai do mundo.
Se em sua escola há uma maioria de professores desmotivados ou desinteressados em melhorar, é difícil ser o que dará o primeiro passo. Mas, se você dá esse passo, outros o seguirão, e isso se tornará uma bola de neve.
Mas, no Brasil, professores muitas vezes dão aulas em situações precárias. Como cobrar entusiasmo de um profissional nessa situação?
É certamente mais fácil ser um ótimo professor numa escola maravilhosa. Mas, mesmo nas piores escolas dos Estados Unidos, há sempre um, dois ou três que se destacam, e, no meu livro, eu destaco principalmente o trabalho de professores que dão aulas para alunos mais pobres.
Mesmo não conhecendo bem o Brasil, tenho certeza de que há bons profissionais mesmo em escolas de pior desempenho. Meu ponto é que, em vez de aprender só com teorias, também deveríamos aprender com exemplo dos ótimos professores.
Há, porém, escolas que facilitam o trabalho desses bons professores e outras que dificultam. Quais características você identifica nas que apresentem bons resultados?
Em primeiro lugar, são escolas preocupadas, acima de tudo, no aprendizado do aluno. Parece bobo dizer isso, mas, na prática, nem sempre é o que acontece. Em segundo, há também uma constante análise de resultados, para identificar os pontos fracos e corrigi-los. Por último, são locais onde o professor se sente valorizado e respeitado.
E o que um diretor precisa fazer para motivar a equipe?
Sei que é comum o ceticismo de professores em relação a aperfeiçoamento. Em parte, eles têm razão, pois muitos conselhos ou treinamentos dão em nada. Mas fazer os professores confiarem no seu trabalho é um resultado, e não uma pré-condição. É preciso mostrar que você é capaz de ajudá-los a serem melhores. Se você consegue fazer isso ao menos com uma minoria, é natural que outros vejam o resultado e passem a acreditar em você.

III Congresso Brasileiro de Educação

TEMA: Formação de professores: compromissos e desafios da Educação Pública


"O Congresso Brasileiro de Educação, em sua terceira edição, terá como tema gerador "Formação de professores: compromissos e desafios da Educação Pública". O objetivo do evento é debater, construir e divulgar o conhecimento sobre a formação inicial e continuada dos professores para a Educação Básica e Superior. O congresso será realizado nas dependências da UNESP, campus de Bauru, entre os dias 04 e 07 de julho de 2011, e tem como público alvo: professores e estudantes de pós-graduação e graduação, professores da Educação Básica e demais profissionais e pesquisadores na área da Educação".

Acesse o site do III Congresso Brasileiro de Educação

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Conferência: "Gêneros textuais e desenvolvimento"

O LAEL, PUCSP convida para a conferência de Jean-Paul Bronckart, Universidade de Genebra, Suíça:

"Gêneros textuais e desenvolvimento"

Sexta-feira, 11/06/2010, 9:00
Auditório 333 (Prédio Novo) - PUC-SP
Rua Monte Alegre 984
Perdizes CEP 05014-001 São Paulo SP
Tel (11) 3670-8501

domingo, 30 de maio de 2010

2083

2083
VICENTE MUÑOZ PUELLES
Ed. Biruta, 112p. R$30,00.

Pra quem assistiu a "Farenheit 451" (Truffaut, 1966) em plena infância, como eu, o tema do "fim dos livros" já está pra lá de gasto. A polêmica, no entanto, é sempre reacesa, e os e-readers (leitores de livros digitais como o Kindle, por ex.) só vieram pôr lenha na fogueira - a 451ºF (que infame!).
Na esteira da discussão preferida de Umberto Eco nos últimos tempos, o espanhol Vicente Muñoz Puelles lançou "2083", pela Editora Biruta. Trata-se de narrativa ficcional infanto-juvenil na qual discute-se justamente o tão propalado "fim dos livros de papel". O autor vai além, e propõe ao leitor que se imagine no ano de 2083, quando o livro eletrônico também já não existe mais! Curioso, não?
De todo modo, me parece bem mais fácil sumir com o livro digital do que com os livros de papel, basta acabar com a energia do planeta que tudo o que precisa de uma tomada pra ser recarregado virará objeto de decoração. Enfim, estou bem animada com a leitura. Apesar de não acreditar no fim dos livros de papel, sou uma grande entusiasta das tecnologias e não vejo a hora de pedir pra alguém trazer um Kindle lá de fora pra mim.

Vou ler e depois comento (ver comentário neste mesmo post).

Sinopse:
O fim dos livros de papel e tinta está próximo. Restarão poucos exemplares: as antiguidades valiosas ou as relíquias de família.

Verdade? Ilusão? Fantasia?

Imagine-se agora em 2083 e surpreenda-se: o livro eletrônico também não existe mais. O que restou das histórias e dos autores que admiramos? Desapareceram sem deixar vestígios? Não! Seria impossível destruir os textos que nos emocionaram, que nos fizeram viver melhor e nos tornaram mais humanos.

Não se desespere, todos sobreviveram e você poderá conhecê-los bem perto, numa viagem de turismo... no modo amplificador de inteligência. Embarque na bibliotravel.

Para saber mais, acesse a página da Editora Biruta.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Não contem com o fim do livro


NÃO CONTEM COM O FIM DO LIVRO
Humberto Eco; Jean-Claude Carriere
Ed. Record, 272 p., 2010, R$39,90

O livro não está condenado, como apregoam os adoradores das novas tecnologias?

O desaparecimento do livro é uma obsessão de jornalistas, que me perguntam isso há 15 anos. Mesmo eu tendo escrito um artigo sobre o tema, continua o questionamento. O livro, para mim, é como uma colher, um machado, uma tesoura, esse tipo de objeto que, uma vez inventado, não muda jamais. Continua o mesmo e é difícil de ser substituído. O livro ainda é o meio mais fácil de transportar informação. Os eletrônicos chegaram, mas percebemos que sua vida útil não passa de dez anos. Afinal, ciência significa fazer novas experiências. Assim, quem poderia afirmar, anos atrás, que não teríamos hoje computadores capazes de ler os antigos disquetes? E que, ao contrário, temos livros que sobrevivem há mais de cinco séculos? Conversei recentemente com o diretor da Biblioteca Nacional de Paris, que me disse ter escaneado praticamente todo o seu acervo, mas manteve o original em papel, como medida de segurança (Humberto Eco)

Leia a íntegra em: http://digitalmanuscripts.wordpress.com/2010/03/13/nao-contem-com-o-fim-do-livro/

Não pretendemos fazer uma obra didática, mas um passeio por duas vidas que se dedicaram ao livro", contou Carrière ao Estado, em entrevista por telefone de Paris realizada em janeiro. "É um livro de reflexão, que mostra não apenas nossas manias, mas também o saber visto com alegria.
Leia a íntegra em: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100527/not_imp557256,0.php

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Prêmio Microsoft Educadores Inovadores 2010

Educadores de todo o Brasil já podem enviar seus projetos e garantir sua participação

Estão abertas até o dia 02 de julho as inscrições para a quinta edição do Prêmio Microsoft Educadores Inovadores, que valoriza e reconhece os melhores projetos educacionais desenvolvidos por professores brasileiros que utilizem tecnologia em processos de ensino e aprendizagem.

Para concorrer, basta acessar o site www.educadoresinovadores.com.br e seguir as instruções. Educadores de todo o Brasil podem se inscrever nas seguintes categorias:

1) Ensino Básico

Podem se inscrever duplas de educadores e gestores da rede pública de ensino, independentemente de sua área de atuação (ex. Português, matemática, física, etc.): Secretarias Municipais ou Estaduais de Ensino, incluindo os Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs ou NRTEs), escolas públicas (municipais, estaduais ou federais), instituições de ensino sem fins lucrativos (ONGs, Fundações, etc).

• Inovação em Comunidade
• Inovação em Colaboração
• Inovação em Conteúdo

2) Ensino Técnico

Podem se inscrever individualmente educadores que lecionem disciplinas relacionadas à Tecnologia da Informação em escolas técnicas públicas.

•Educador Inovador de TI – Escolas Técnicas

Todos os projetos finalistas nas categorias de Ensino Básico estarão automaticamente concorrendo na categoria Educador Inovador, cuja votação para escolha dos finalistas contará novamente com o voto popular online.

Premiação

O Educadores Inovadores conta com três etapas. Até o dia 19 de julho, doze projetos serão escolhidos e participarão da etapa nacional do Prêmio que será realizado em São Paulo no mês de agosto.

Aqueles que apresentarem os melhores trabalhos serão premiados com um Notebook contendo o sistema operacional Microsoft Windows e o pacote de aplicativos Office. Assim, poderão dar continuidade na criação de novas ideias, beneficiando cada vez mais pessoas e compartilhando o gosto e o conhecimento pela tecnologia educacional.

Após a etapa nacional, os responsáveis pelos projetos vencedores nas categorias destinadas à educação básica concorrerão com seus trabalhos no Fórum Regional da Microsoft, que será realizado em algum país da América Latina. Os classificados nessa etapa irão participar do Microsoft Worldwide Innovative Teachers Forum que, esse ano, será realizado na África do Sul.

Em 2009, o Fórum Mundial foi sediado pela primeira vez no Brasil, em Salvador (BA), e premiou dois educadores brasileiros: o professor Lucrécio Filho de Oliveira, de Formoso do Araguaia (TO) e o educador Alex Vieira dos Santos. Na etapa nacional da premiação foram recebidos mais de 700 trabalhos.

Para acompanhar as novidades do Prêmio, confira: www.educadoresinovadores.com.br

Mais informações no Blog: http://educadoresinovadores.spaces.live.com

Siga no Twitter: www.twitter.com/eduinova

Para mais informações:
Criax Comunicação Organizacional
(11) 3817-4665
E-mail: contato@educadoresinovadores.com.br

terça-feira, 4 de maio de 2010

VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

Esse congresso é muito bom, estive lá no ano passado, e - se aceitarem meu artigo - este ano estarei lá de novo.

Tema: EDUCAÇÃO PARA UM MUNDO SEM FRONTEIRAS
Período: 08, 09 e 10/09 de 2010
Local: Centro de Convenções de Pernambuco

As inscrições dos trabalhos serão realizadas no período de 01 de abril a 31 maio de 2010 e o(s) trabalho(s) a ser(em) apresentado(s) deverá(ao) estar relacionado(s) com um dos eixos temáticos:
Educação Formal e Informal;
Educação de Jovens e Adultos;
Educação Inclusiva;
Educação Profissional;
Educação Superior;
Tecnologia da Informação e Comunicação;
Temas Contemporâneos na Educação (Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Inclusão Digital, etc).

Para mais informações, acesse:
VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Podcast: gênero ou suporte?

Ontem, fazendo uma pesquisa rápida na web, encontrei de tudo em podcast: de horóscopo a entrevista, passando por tutoriais, receitas de bolo, artigos, fofocas etc. Lancei, então, a pergunta no Flor do Lácio, grupo de discussão de que faço parte. Segue resposta enviada pelo Luiz Carlos:

Em 2008, no I Simelp (Simpósio Mundial de Estudos da Língua Portuguesa) participei de um evento de lançamento do Dicionário de gêneros textuais, de Sérgio Roberto Costa (UFMG). No final da apresentação, ele disse que, após concluir a obra, gostaria de ter incluído outros gêneros, mas não houve tempo. Uma pessoa da plateia perguntou que gênero textual ele incluiria na nova edição e ele respondeu: "o e-mail".
Pronto! Foi o suficiente para se abrir uma acirrada discussão se e-mail era gênero ou não, com pesos-pesados defendendo as duas opiniões - que era e que não era.
Volta e meia esse tipo de dúvida surge e é muito difícil, tendo como parâmetro a teoria bakhtiniana, definir o que é e o que não é gênero. O próprio Bakhtin afirma categoricamente que a fronteira entre um gênero é muito sutil e instável, além de que, a teoria dele não tinha como propósito uma taxonomia discursiva. Para forçar uma resposta definitiva, alguns pesquisadores mesclam a teoria bakhtiniana a outros paradigmas de classificação de texto - suporte, tipologia e modalidade - para categorizar e classificar textos/discursos.
Dos muitos textos sobre essa discussão, recomendo a leitura de Livro didático de Língua Portuguesa: um gênero do discurso, pesquisa de mestrado de Clecio Bunzen Jr. Na pesquisa, Bunzen argumenta que o livro didático não é apenas uma coletânea de gêneros diversos, mas sim, um gênero discursivo específico. Independentemente de concordar ou não com o ponto de vista dele, é interessante a leitura do capítulo 1 "Livro didático de Língua Portuguesa: um suporte de textos ou um gênero do discurso?". As considerações teóricas e as fontes buscadas por ele poderão ajudar você a encontrar uma resposta se o podcast é ou não um gênero discursivo/textual.
Caso se interesse pela dica, a dissertação pode ser baixada do banco de teses da Unicamp: http://libdigi.unicamp.br/
Uma segunda opção de leitura é "Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação", de Luiz Antonio Marcuschi. Esse texto é bastante esclarecedor sobre os critérios que podemos utilizar para definir um gênero textual. Foi publicado em diferentes coletâneas sobre análise do discurso (li em Gêneros textuais: reflexão e ensino, da Lucerna) e pode ser encontrado na internet, com pequenas modificações.


Outra sugestão do Luiz: Podcast: um gênero ou suporte? Emergente ou híbrido? Oral ou escrito?, de Giselda dos Santos Costa - III ENCONTRO NACIONAL SOBRE HIPERTEXTO (Belo Horizonte, MG – 29 a 31 de outubro de 2009)
Disponível em: www.ufpe.br/nehte/hipertexto2009/anais/p-w/podcast-um-genero-ou-suporte.pdf

terça-feira, 13 de abril de 2010

Como criar um podcast

Ouça o podcast em que Alessandra Colla Soletti Tussi, autora do "Justale Podcast", explica como criar um podcast:




Sites para consulta:

http://radio.musica.uol.com.br/podcast/o_que_e.jhtm
http://www.usina.com/rodaeavisa
http://www.podcast1.com.br/publisher/cadastro.php
Revista Info - outubro de 2005
Livro Info - sobre podcasts

segunda-feira, 5 de abril de 2010

I Congresso Internacional do livro digital

"O que será do livro na era digital?"
Essa tem sido uma das perguntas mais frequentes quando o assunto da conversa diz respeito ao futuro do livro e da leitura.
O I Congresso do livro digital reuniu representantes e estudiosos do universo livreiro para debater os caminhos da leitura nestes novos tempos.
Clique para ler a Revista do Congresso, com inúmeros artigos acerca desses novos caminhos pelos quais passam livros, leitores e letura.
Revista do Congresso

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Literatura - FUVEST/UNICAMP

Demonstrando completo descaso com as escritoras deste país, FUVEST e UNICAMP mantêm a mesma lista de livros do vestibular do ano passado.
Lígias e Clarices, mais uma vez - e lamentavelmente - a voz feminina parece não ter a menor importância...

Informe à Imprensa nº 02/2011 – 30/03/10 - USP – UNICAMP - LISTA UNIFICADA DE LIVROS QUE SERÃO EXIGIDOS NO FUVEST 2011

Auto da barca do inferno – Gil Vicente;
Memórias de um sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida;
Iracema – José de Alencar;
Dom Casmurro – Machado de Assis;
O Cortiço – Aluísio Azevedo;
A cidade e as serras – Eça de Queirós;
Vidas secas – Graciliano Ramos;
Capitães da areia – Jorge Amado;
Antologia poética (com base na 2ª ed. aumentada) – Vinícius de Moraes.

Retratos da Leitura no Brasil - publicação

Material gratuito para download
Área de Atuação: Leitura
Tipo de Produção: Pesquisa
Âmbito: Nacional

Descrição:
Com objetivo de apresentar a análise de especialistas sobre os resultados da segunda edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, o Instituto Pró-Livro promove esta nova publicação, em forma de livro digital, com a parceria da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e coordenação de Galeno Amorim, diretor do Observatório do Livro e da Leitura. A leitura das análises feitas pelos autores convidados para esta reflexão mostra que os temas abordados se cruzam, tecendo um panorama da situação da leitura no Brasil a partir de diferentes olhares.

Arquivos para Download:
• Livro Retratos da Leitura no Brasil - Capa

• Livro Retratos da Leitura no Brasil - Miolo


(Colaboração do colega Luiz Carlos, do Grupo Flor do Lácio)

segunda-feira, 29 de março de 2010

A Biblioteca do Vaticano

Não há como ler uma notícia sobre a Biblioteca do Vaticano sem pensar em "O nome da rosa" e em todas aquelas mortes relacionadas à leitura do livro proibido.... Obviamente, os livros proibidos aos "não-iniciados" continuarão proibidos, mas a boa notícia é que 80.000 manuscritos da Biblioteca do Vaticano serão digitalizados nos próximos 10 anos e - muito brevemente, esperamos - serão disponibilizados à consulta de mortais, como nós.

Leia a notícia, publicada na "Revista Ñ", em:
La Biblioteca Vaticana digitaliza sus 80.000 manuscritos

segunda-feira, 8 de março de 2010

O professor e a leitura de jornal

O 5º Seminário "O Professor e a Leitura do Jornal" tem como tema este ano "Educação, Mídia e a Formação Docente".

"...em uma programação que coloca maior atenção (a) na educação como um processo não exclusivamente escolar, mas realizado por inúmeros lugares e de vários modos em nossa sociedade, entre eles a mídia em geral; (b) na mídia, atualmente bastante ampliada e modificada em função do crescimento do aparato tecnológico entre nós e nas características de uma educação realizada com ela e por ela; (c) e na formação dos profissionais para o exercício do magistério, considerando a permeabilidade da instituição escolar à cultura midiática e à sociedade contemporânea e o preparo necessário e urgente dos professores, na esfera da comunicação, das novas tecnologias e de suas linguagens, para a conquista de maior êxito em seu trabalho".

PERÍODO: 14 a 16/07/2010
HORÁRIO: 8h30 às 18h
LOCAL: Centro de Convenções e Faculdade de Educação/ UNICAMP
DINÂMICAS: Conferências, mesas-redondas, comunicações e oficinas.

Para mais informações e inscrições, acesse o
site do evento

terça-feira, 2 de março de 2010

Recursos digitais na escola

Em matéria publicada no Estadão, as jornalistas Luiza Alcalde e Monica Pestana abordam os pontos positivos da inclusão de recursos digitais em sala de aula.

Leia em:
Recursos digitais ajudam a ensinar

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tecnologia, aprendizado e comportamento

Link do Programa A USP REVISTA de 25/02, do qual participei juntamente com a Profª Leila Salomão Tardivo, do Instituto de Psicologia da USP, apresentado por Milton Parron, produção de Alaíde Rodrigues.

Clique para ouvir:
A USP REVISTA

"Ameaça ao livro não é e-reader, mas falta de novos leitores"

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Pedro Herz, da Livraria Cultura, avalia as consequências do advento dos e-readers para o mercado livreiro e aponta a importância dos pais na formação de jovens leitores.
"Acredito que quem faz leitor são os pais, inegavelmente. Os jovens leitores são filhos de leitores. Dificilmente aparece uma criança ou adolescente que não tenha os pais leitores. A grande campanha que na minha opinião deveria ser feita pelo governo é mais ou menos assim: 'Se você não lê, como quer que seu filho leia?'. Essa é a pergunta que deve ser feita. Porque os meus filhos 'liam' sem ser alfabetizados, pegavam o livro na mão para imitar os meus gestos".

Leia a íntegra da entrevista em:
Ameaça ao livro não é e-reader

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Enquete: "Como remunerar o professor pelo uso da tecnologia?"

Não concorda com nenhuma das alternativas? Concorda, mas com ressalvas? Tem algo mais a dizer?
Deixe aqui seu comentário.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A Wikipedia dos livros didáticos?

Um novo software, chamado DynamicBooks (http://dynamicbooks.com), permite que professores editem conteúdos de livros didáticos abertos publicados na rede. A novidade promete inovar não apenas em tecnologia e preço, como também na rapidez e agilidade da alteração.
Brian Napack, presidente da Macmillan, uma das maiores editoras americanas e a criadora do software, afirma: "Basicamente, o professor entra na rede, se conecta à ferramenta de redação e tem o conteúdo do livro ao seu dispor para realizar as alterações que deseje".

(The New York Times, 23 fev 2010)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

De olho no Kindle

Para a arquiteta Noga Sklar, fundadora da KindleBookBr – a primeira conversion house do Brasil (agência de conversão editorial cuja função é a conversão de livros em papel para formatos digitais)-, "o livro eletrônico [...] facilita bastante o acesso do autor a seu público leitor, por questões de custo, agilidade, disponibilidade, etc. Nada disso exclui o editor, mas amplia, democratiza o processo de publicar e diminui o risco financeiro de fracassar, o que para ambos, autor e editor, é um alívio".
Segundo Noga, as editoras continuarão a existir, mas sofrerão adaptações, bem como as livrarias, cada vez mais voltadas a eventos do que à venda de livros em papel:
"O processo de edição continua igual, com a mesma atenção dispensada ao enredo, à revisão, à originalidade, etc. Só o output é que é diferente: em vez de mandar o livro pronto para a gráfica, basta enviá-lo por e-mail para a agência de conversão, um novo tipo de empresa especializada que responde à constante necessidade de atualização do mercado editorial".

Leia a íntegra da entrevista concedida a Julio Daio Borges no
Digestivo Cultural

Para saber mais, acesse:
KindleBookBr

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Literatura e paixão

"Quando nós professores não sabemos muito bem como fazer para despertar o interesse dos alunos pela literatura, recorremos a um método mecânico, que consiste em resumir o que foi elaborado por críticos e teóricos. É mais fácil fazer isso do que exigir a leitura dos livros, que possibilitaria uma compreensão própria das obras. Eu deploro essa atitude de ensinar teoria em vez de ir diretamente aos romances, por que penso que para amar a literatura - e acredito que a escola deveria ensinar os alunos a amar a literatura - o professor deve mostrar aos alunos a que ponto os livros podem ser esclarecedores para eles próprios, ajudando-os a compreender o mundo em que vivem".

Leia a íntegra da entrevista de Tzvetan Todorov à Revista Bravo em:
Literatura não é Teoria, é Paixão

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Como remunerar o professor pelo tempo gasto com o uso da tecnologia?

A aproximação do dissídio dos professores traz à tona a discussão sobre o tempo gasto com o uso das novas tecnologias. Como remunerar, por exemplo, o professor disposto a manter um blog de sua disciplina? Como contar o tempo gasto para responder aos comentários dos alunos? O tempo usado para avaliar trabalhos on-line, desenvolver e publicar material para uso na web?

O site do SINPRO-SP reuniu em sua página diversos links para matérias publicadas na mídia nos últimos tempos sobre esse tema. Acesse:
Campanha salarial: reivindicação dos professores é destaque na imprensa

Novas tecnologias, novos modos de ensinar

Video-aula da educadora Sônia Bertocchi sobre tecnologia e educação, que explica percurso evolutivo da rede: desde a web 1.0 (biblioteca digital), passando pela web 2.0 (construção coletiva do conhecimento) até a web 3.0 (web-semântica).

Assista a "Novas tecnologias, novos modos de ensinar"



(Disponível no Portal EducaRede: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=comunidade_virtual.publicacao&&id_comunidade=0&ID_PUBLICA=6701)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Tecnologia e consciência ecológica

Tese defende que meios tecnológicos ainda são subutilizados na educação. Crianças conhecem, mas aproveitam pouco.

O Jornal "O Dia", do Rio de Janeiro, publicou no último domingo, em "Vida e Meio Ambiente", trechos de uma entrevista dada por esta blogueira à jornalista Leila Souza Lima sobre tecnologia na escola e meio ambiente.
ACESSE:
Educação digital forma jovens ambientalmente conscientes


A matéria saiu também no portal
Klick Educação

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Recursos digitais na sala de aula

A inclusão de recursos digitais em salas de aula ajuda a aumentar a comunicação entre estudantes e professores. Projetos desenvolvidos por meio de blogs e aulas interativas incentivam a maior participação dos alunos nas atividades escolares e proporcionam benefícios na aprendizagem.

Leia a íntegra da matéria publicada pela Agência USP sobre o uso de tecnologia em sala de aula, na qual a repórter Ana Carolina Athanásio entrevista esta blogueira.
ACESSE:
Uso de meios digitais na educação pode melhorar aprendizagem

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Em defesa da cópia

O texto, de autoria da professora Delia Lerner, publicado no Portal CEALE (UFMG) em 22 jun 2008, reconhece a cópia como "uma das atividades que contribuem para a aquisição da escrita". Vale a leitura!

ACESSE:
O papel da cópia

Inaugurada a "Biblioteca de São Paulo"

No fim de 2009, estive no Chile e morri de inveja da Biblioteca de Santiago, com suas salas iluminadas, áreas de trabalho e estudo, salas informatizadas... A Biblioteca de São Paulo é, agora, inaugurada, inspirada nas bibliotecas do Chile e da Bolívia, trazendo promessas de informatização e outros aparatos para atrair leitores. Num país cuja população lê, em média, 1 livro/ano (jornal O Globo, 21 nov 2009), há mesmo um longo caminho a percorrer.

A notícia abaixo foi publicada no jornal Folha de S.Paulo, em 08 fev. 2010


Biblio-shopping

Menina dos olhos da Secretaria de Estado da Cultura, Biblioteca de São Paulo é aberta com alarde e tenta atrair o público com eventos, best-sellers e computadores

ANA PAULA SOUSA
DA REPORTAGEM LOCAL

No final da tarde da última quinta-feira, arrematou-se o último detalhe da festa. Com ar triunfante, o responsável pela área tecnológica da Biblioteca de São Paulo exibiu, para a diretora Magda Montenegro, a primeira carteirinha de sócio. O documento será entregue hoje ao governador José Serra, durante a inauguração do espaço.
"Não é uma ótima ideia dar para ele a carteirinha número um?", pergunta, sorridente, a bibliotecária.
Vinda de uma biblioteca universitária, no Rio de Janeiro, Montenegro está cheia de entusiasmo com o novo projeto, orçado em R$ 12,5 milhões e filho protegido do secretário de Cultura, João Sayad. "O secretário me liga todos os dias e já deu a ordem: "Saiu um livro, compra logo". Este lugar vai fazer sucesso porque não é soturno e não vai ter bibliotecário pedindo silêncio. É um espaço acolhedor, colorido."
No prédio instalado no Parque da Juventude, onde árvores tentam apagar as lembranças da Casa de Detenção do Carandiru, tudo cheira a novo. E ambiciona certa modernidade.
Numa área de 4,2 mil metros quadrados, entre pufes roxos, mesas alaranjadas e pinturas lúdicas nos vidros, vê-se computadores, leitores de braille, DVDs e exemplares de "A Cabana" e "Crepúsculo".
"Queríamos um lugar que dessacralizasse a imagem da biblioteca e fosse atraente para o público não leitor", diz o secretário João Sayad que, habitualmente avesso a entrevistas, mostra prontidão quando o tema é a biblioteca. "Não seguiremos uma orientação acadêmica. Vamos destacar os livros que aparecem nas listas dos mais vendidos na mídia. Pedi para que fosse organizada como livraria, mais do que como biblioteca. Até os funcionários vão se comportar como vendedores. Será uma megastore cultural." O espaço está apto a receber 800 pessoas por hora, mas a secretaria prefere não expor a previsão de público.
As inspirações declaradas do projeto são as bibliotecas de Santiago, no Chile, e de Bogotá, na Colômbia. "Espero que a gente atraia principalmente crianças e jovens. Mas, claro, não ficarei frustrado se tiver lá aposentados lendo jornal", diz Sayad. "Minha única briga foi para que os especialistas cedessem ao gosto comum. As compras serão norteadas pela demanda dos leitores."
Responsável pelo setor de bibliotecas da secretaria, Adriana Ferrari segue a cartilha de Sayad e defende que, quietos numa prateleira, os livros não atraem o público. "Tem que ter estratégias de atração", diz. "As bibliotecas, normalmente, funcionam em horário de repartição pública. Nós funcionaremos todos os dias [menos às segundas-feiras], estamos ao lado de um parque e teremos uma agenda de eventos movimentada, com filmes, contadores de história, circo e shows."
Para erguer o espaço, a secretaria aplicou R$ 10 milhões do próprio orçamento e contou com R$ 2,5 milhões de um programa destinado ao estímulo à leitura, do Ministério da Cultura (MinC). Anualmente, haverá R$ 1 milhão para compras.
Questionado sobre o porquê de tamanho investimento num novo espaço enquanto outras bibliotecas definham, Sayad observa que a nova biblioteca servirá também como centro de treinamento para as 941 bibliotecas municipais que integram o sistema do Estado. "O objetivo da secretaria na área de literatura é incentivar a leitura. E achamos que a biblioteca fará isso", limita-se a dizer.
Sayad refuta a ideia de que sua administração seja norteada pelas grandes - e visíveis - obras, como o Museu do Futebol e as escolas de circo e teatro, ainda não inauguradas. "Não se pode dizer isso, não", rebate.
"Temos 18 obras em andamento, mas não são marcadas pela grandiosidade. Como poder público, temos que preservar a cultura que não se viabiliza sozinha." Os best-sellers não se viabilizam? "Sim, mas o público, em geral, não tem acesso a eles."

BIBLIOTECA DE SÃO PAULO

Onde: av. Cruzeiro do Sul, 2.630 (ao lado do metrô Carandiru)
Quando: ter. a sex., das 9h às 21h, sáb., dom. e feriados, das 9h às 19h
Quanto: entrada gratuita

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Experiências com leitura

O portal "Leitura Crítica" publicou uma página com 25 experiências bem sucedidas com a leitura em diferentes escolas. Há algumas realmente interessantes.

CLIQUE PARA ACESSAR:
VIVÊNCIAS DE ENSINO - EXPERIÊNCIAS POSITIVAS COM LEITURA